Senhora inspiração
milagrosa e parteira
sede nossa guia
na mortal carreira
Ó virgem poieses
sacrário de amor
dai n’alma desvalida
vosso poder no labor
Ó verve criativa
fiel e seguro norte
Dai-nos graças, di-vida
favorecei-nos na morte
O palavra concebida sem percauço
Rogai por nós que a lemos
E por todos que não lêem
Nenhum clássico dos tempos
Leitor Misericordioso
Eu confio e espero por vós
Malogrado critico literário
Eu confio e espero por vós
Doce e leitora família
Sede a nossa salvação
Imaculada rainha palavra
Dai-nos a paz
Ilimitada linguagem
Sede a nossa salvação
Zeus, pai do ocidente
tende piedade de nós
Nosso Leitor Bom Juiz
tende piedade de nós
Divino Espírito Crítico
tende piedade de nós
Santíssima Linguística
tende piedade de nós
Divino Espírito Crítico, iluminai-nos, julgai-nos, dai-nos sabedoria, discernimento, humildade e pureza na produção
Leitor, ávido e exigente, fazei os nossos olhos semelhantes ao vosso
Nossa Semiótica Senhora,
providenciai
Sagrado ímpeto de Leitor que tanto nos lêem, fazei que eu escreva cada vez mais
Leitor inveterado,
nosso EU amado
segunda-feira, 8 de junho de 2009
sábado, 6 de junho de 2009
Medo
Por medo
Um homem se isola
Forte é
No primeiro, segundo, terceiro...
Invernos
Assim
Imponente e inabalável
Prevalece a solitude finita
Até o verão...
Da próxima angústia
Um homem se isola
Forte é
No primeiro, segundo, terceiro...
Invernos
Assim
Imponente e inabalável
Prevalece a solitude finita
Até o verão...
Da próxima angústia
Palavra
Primazia da palavra sobre a espécie
Calvário dos diabos
Escaravelhos e peçonhas
Astutos homens-letras
Feras e chacais
Chame leões
Em chamas...
Beatnik amante do caos
Divãs, trapézios e tradições
Emplasto de sábios e sabiás
Sóbrios às sombras
Escribas
soropositivos
Papiros e papelões
Células
xx xy xxy xyx
Darwin à direita
de teus pais
Todos poderoros
Histéricas inseminações
Termodinâmica dos choques
Lobotomia
Navego em loucos navios
Onde nós, cromossomos absurdos
Erramos a esmo
Erasmos
Rotary’s e Roterdãs
Rodopios
Mefistos e gigolôs
Vaidade
No centro do universo
Luxúria
No sexo dos centros
Eu, garanhão dos sentidos
Dê-me tua boca para que eu-falo
Tua língua
Vulva massa
A golpear virilhas
testemunho de uma em mil noites
E “cherazeite”
A mulher de meus sonhos
Olívia
Espero que não dê
Nem ânus, nem ovídios
Aqueles que não amam
Poesia
Costuro o lábio nos dentes...
- Start -
A máquina de silêncios
Haigduyekhtiouijtliuihjjkljjgarejf.,
Nkueywfhgfenjfjilerhjgejklrjkljh
Ngfguyryjwrqeqav,h~çíp´li]õi~´=-
Type and writer
Haldol?
Calvário dos diabos
Escaravelhos e peçonhas
Astutos homens-letras
Feras e chacais
Chame leões
Em chamas...
Beatnik amante do caos
Divãs, trapézios e tradições
Emplasto de sábios e sabiás
Sóbrios às sombras
Escribas
soropositivos
Papiros e papelões
Células
xx xy xxy xyx
Darwin à direita
de teus pais
Todos poderoros
Histéricas inseminações
Termodinâmica dos choques
Lobotomia
Navego em loucos navios
Onde nós, cromossomos absurdos
Erramos a esmo
Erasmos
Rotary’s e Roterdãs
Rodopios
Mefistos e gigolôs
Vaidade
No centro do universo
Luxúria
No sexo dos centros
Eu, garanhão dos sentidos
Dê-me tua boca para que eu-falo
Tua língua
Vulva massa
A golpear virilhas
testemunho de uma em mil noites
E “cherazeite”
A mulher de meus sonhos
Olívia
Espero que não dê
Nem ânus, nem ovídios
Aqueles que não amam
Poesia
Costuro o lábio nos dentes...
- Start -
A máquina de silêncios
Haigduyekhtiouijtliuihjjkljjgarejf.,
Nkueywfhgfenjfjilerhjgejklrjkljh
Ngfguyryjwrqeqav,h~çíp´li]õi~´=-
Type and writer
Haldol?
Coivara
Suspiro as folhas da tradição e cada verbo é pálpebra
Fogo no ventre da palavra e véu na teia do arco
Flecha na íris
Sopro à nuca de gaia
Orchrestra de gravetos, tesos, flamejantes
Tentáculos polvilhando sementes
Brotos de suor
Miocárdio, roça elétrica
Atômico coração da terra
atom earth mother nos tímpanos
Bombardeando a horta
Gafanhotos luminosos picam áspero alumínio
Onde disparo
Meu arado lírico:
Ceifa ceifa ceifa ceifa
Ceifa ceifa ceifa ceifa
Ceifa ceifa ceifa ceifa
Ceifa ceifa ceifa ceifa
Ceifa ceifa ceifa ceifa
Ceifa ceifa ceifa ceifa
Ceifa ceifa ceifa ceifa
Foice
O tempo dos fracos
Fogo no ventre da palavra e véu na teia do arco
Flecha na íris
Sopro à nuca de gaia
Orchrestra de gravetos, tesos, flamejantes
Tentáculos polvilhando sementes
Brotos de suor
Miocárdio, roça elétrica
Atômico coração da terra
atom earth mother nos tímpanos
Bombardeando a horta
Gafanhotos luminosos picam áspero alumínio
Onde disparo
Meu arado lírico:
Ceifa ceifa ceifa ceifa
Ceifa ceifa ceifa ceifa
Ceifa ceifa ceifa ceifa
Ceifa ceifa ceifa ceifa
Ceifa ceifa ceifa ceifa
Ceifa ceifa ceifa ceifa
Ceifa ceifa ceifa ceifa
Foice
O tempo dos fracos
Nós
Nós,
Cidadãos do campo
Iguais,
Irmãos
Nós,
Que acordamos com a enxada nos dentes
E almoçamos à trítono
O clitóris urbano
Nós,
Que temos o sumidouro no esôfago
E sopramos as tetas de veludo
Mastigando a silhueta do mel
Nós,
Que cremos em cátedras e milharais
Nos espantalhos em traje de gala
A gotejar o sangue das chuvas
Nós,
Que fritamos as ervas
E danamos joaninhas
Empalhadas no umbigo
Nós,
Ultravioletas
A batear vaidades
Nas peneiras de sol
Nós,
Zangões do espaço
A polinizar vertigens
Nas bateias de lua
Nós,
Hipócritas escribas
Que deitamos a caixa de ossos
No cobre das escrituras
Nós,
Acidentes da matéria
Irrigados de mares mortos
Dilúvio das orações
Nós,
O rosário do descaso
Desatadora, nossa senhora
Rogai por...
Voz
A gritar no vazio
Do homem
Cidadãos do campo
Iguais,
Irmãos
Nós,
Que acordamos com a enxada nos dentes
E almoçamos à trítono
O clitóris urbano
Nós,
Que temos o sumidouro no esôfago
E sopramos as tetas de veludo
Mastigando a silhueta do mel
Nós,
Que cremos em cátedras e milharais
Nos espantalhos em traje de gala
A gotejar o sangue das chuvas
Nós,
Que fritamos as ervas
E danamos joaninhas
Empalhadas no umbigo
Nós,
Ultravioletas
A batear vaidades
Nas peneiras de sol
Nós,
Zangões do espaço
A polinizar vertigens
Nas bateias de lua
Nós,
Hipócritas escribas
Que deitamos a caixa de ossos
No cobre das escrituras
Nós,
Acidentes da matéria
Irrigados de mares mortos
Dilúvio das orações
Nós,
O rosário do descaso
Desatadora, nossa senhora
Rogai por...
Voz
A gritar no vazio
Do homem
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